quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Personal Digital Branding





Você subiria em um palanque na Praça da Sé, em São Paulo, e falaria as coisas que “twitta”, “facebooka”, “orkuta”, “linkeda” e afins?

Pois bem, comece a refletir melhor sobre o assunto. Durante a Semana da Comunicação, promovida pela Universidade Anhembi Morumbi, o palestrante Rafael Franco (@eu_franco) falou sobre Digital Personal Branding, que nada mais é do que Marketing Pessoal, só que na Web.

Franco iniciou perguntando: “Por quê o Digital Personal Branding?” A resposta se torna óbvia quando consideramos que a Internet é um meio acessível e que 86% dos internautas brasileiros acessam as Redes Sociais. No meio desta selva de cabos de rede, fibras ópticas e “wi-fis”, precisamos nos encontrar. Basta uma pesquisa do nosso nome no Google para vermos em qual estágio estamos:
  • Imagem boa;
  • Não existo – é o caso da maioria de nós, meros mortais;
  • Não sou identificável – um ótimo blogueiro chamado João da Silva teria muitas dificuldades em “aparecer na Web”, pois imagine o número de homônimos que ele tem;
  • Imagem ruim, obviamente o pior caso.
E é com base na imagem ruim que Rafael procura pautar a explanação. Afinal, em suas próprias palavras “Você pode usar as Redes para falar coisas muito positivas, mas, se não tiver nada de interessante pra falar, pelo menos não deixe que as Redes te prejudiquem”.

Algo nos chamou muito a atenção: a primeira dica foi “Você não precisa usar todas as Redes Sociais do mundo, mas pelo menos se cadastre em todas elas para proteger o seu nome, o seu login”. Vai que você é um pessoa encrenqueira, ou melhor...digamos que você tenha alguns inimigos. A Internet pode ser um porta muito aberta (escancarada vai...) para que os seus vilõezinhos atuem, basta criarem uma nova conta com o seu nome, e pronto! É sua imagem que está sendo usada na Rede.

São apresentadas uma série de dicas e estratégias recheadas de exemplos – o que se deve o que não se deve fazer - para um bom Personal Branding navegando através do mar das Redes Sociais. - A propósito, existem muito mais Social Medias do que imaginamos por aí, fala-se até em vários segmentos destes meios -.


No geral, as dicas nos mostram como não cair em truques - como os anúncios grátis -, e como aproveitar a oportunidade de trabalhar a sua imagem para se promover profissionalmente, fazendo negócios, conhecendo novos parceiros e se tornando um profissional valorizado por muitas empresas através da publicação de conteúdos relevantes. Foco e regularidade de postagens também são considerados essenciais. Algumas dicas aleatórias merecem destaque:
  • Blog não dá dinheiro, a não ser que você seja o Marcelo Tas;
  • “Teste” o título de sua próxima postagem no Google, para ver se nenhuma grande marca já não está atrelada ao resultado – o que torna impossível uma boa colocação do seu trabalho;
  • “Se beber, não twitte”;
  • Não peça seguidores;
  • Nem todos adoram Farmville – colocando em muídos, “não encha o saco das pessoas”;
  • Pode sim adicionar quem você não conhece no Facebook;
  • Muitas empresas procuram candidatos SÓ através do LinkedIn.
Franco também nos apresentou algumas ferramentas para facilitar o trabalho dos blogueiros e afins, e falou também sobre algumas ferramentas disponíveis nas próprias redes, como as novas listas do Facebook, como aliadas na hora de filtrar o que vai ser publicado.

Aliás, é importante salientar que deve-se, cada vez mais, utilizar a Rede de forma cuidadosa. Não raro vemos exemplos de demissões de empregados e “Cyberbullyngs” causados por comentários equívocados e inadequados. Sendo assim, é sempre bom lembrar o que disse o titio Ben Parker para seu sobrinho postulante a Homem-Aranha: “Grande poder trás grandes responsabilidades”. Ou seja, se a sua marca se tornar relevante na Internet, cuidado redobrado! Para ganhar reputação e relevância demora-se muito tempo, para perder, apenas alguns segundos bastam.

Resumindo a coisa toda: a abertura promovida pela Internet faz com que possamos, literalmente, falar com e para o mundo. Porém, se trata de uma “faca de dois gumes” ironicamente pelo mesmo motivo: o mundo nos observa.

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